MARINÊS - CASA DE MARIMBONDO

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CASA DE MARIMBONDO

MARINÊS
COMPOSITORES: ANTÔNIO BARROS & DJALMA LEONARDO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: BATE CORAÇÃO
GRAVADORA: BEVERLY
GÊNERO: FORRÓ
ANO: 1976
 
     Marinês, nome artístico de Inês Caetano de Oliveira (São Vicente Férrer, 16 de novembro de 1935Recife, 14 de maio de 2007), foi uma cantora, atriz, apresentadora e bacharel em direito brasileira.
          Inês Caetano de Oliveira, nascida em São Vicente Férrer-PE, no DIA 16 de novembro de 1935. Criada na cidade de Campina Grande-PB, viveu numa casa muito humilde no bairro da Liberdade, onde desde menina ajudava seu pai Manoel Caetano, na fabricação de armas e munições para o exército e posteriormente para o cangaço. Marinês cantou pela primeira vez, em um concurso de calouros da cidade, onde ouviu o anúncio no serviço de autofalantes do bairro. Anos depois, em plena situação de miséria, ela descobriu outro concurso de calouros da Rádio Difusora da cidade, onde o prêmio em 1º lugar ganharia na época cem mil reis em dinheiro e emprego na rádio Difusora.
       Marinês se inscreveu combinando com O irmão mais velho Ademar Caetano que a convidasse para ir passear no centro de Campina Grande para fazer a inscrição no concurso. Por saber que seu pai ouvia a programação da rádio, ela trocou o nome em sua inscrição, pois na família, era a única que não tinha o nome Maria. Então na inscrição, ela colocou Maria Inês. Que no dia de sua apresentação, o locutor da rádio, por engano, anunciou o nome dela como Marinês. onde ganhou em primeiro lugar, empatado com o Genival Lacerda. O prêmio foi dividido em partes iguais para cada um. Genival já era empregado de outra rádio, então Marinês ganhou a metade do prêmio e também tomou posse do cargo, como cantora oficial do Regional da Rádio Borborema, cantando chorinho, serestas e músicas românticas, onde iniciou sua carreira como cantora e ajudou a sua família. 
        Em 1950, conheceu o mestre Abdias do acordeon (Abdias dos 8 baixos) paraibano que vinha de Alagoas para um recital na Rádio Difusora, onde foi paixão À primeira vista por Marines. E em 1 ano, namoraram, noivaram, se casaram e tiveram 1 filho, Marcos Farias. Abdias apresentou a Marinês um repertório de um cantor que fazia sucesso no país, Luiz Gonzaga, que a encantou. A partir daí, ela passou A ser a voz feminina da música nordestina, montando a Patrulha de Choque do Rei do Baião. Anos depois foi convidada por Gonzaga, a integrar as suas apresentações, seguindo para o Rio de Janeiro e foi coroada pelo mesmo, como a Rainha do Xaxado (dança típica dos cangaceiros de Lampião).      
    Em 1957, após muito destaque em suas apresentações, foi convidada para gravar seu primeiro Longplay pela gravadora SINTER, onde teve a inédita façanha de estourar duas obras em um só disco, Pisa na Fulô e Peba na Pimenta de João do Vale (autor até então desconhecido, lançado por Marinês). Participou de filmes da Atlântida, seguidos de mais de 45 discos gravados, todos com grandes sucessos. Sendo musa inspiradora de vários artistas como: NARA LEÃO, GAL COSTA, MARIA BETHÂNIA, CAETANO VELOSO, GILBERTO GIL, LULU SANTOS, AMELINHA e ELBA RAMALHO, e esta última com parcerias em disco, shows pelo Brasil e Canecão no Rio de Janeiro.                             Marinês é pesquisada até hoje, por artistas de todos os estilos musicais, por sua voz, forte e extremamente afinada, por sua garra, pelo seu caráter digno e conservador. Como disse Gilberto Gil, Marinês é a grande Mãe da Música Nordestina, o Luiz Gonzaga de Saia.
Eu sabia muito bem que o marimbondo picava
Sem obedecer ninguém, fui mexer na sua casa
Nesse vai e nesse vem, era do mel que eu precisava
 
O marimbondo me picou, picou sim senhor
Mais o mel você comeu, comi sim senhor
Mesmo assim você gostou, gostei sim senhor
Mais garanto que doeu, doeu tanto que inchou
 
Fui correndo pro doutor perguntei se medicava
Ele disse muito bem, paciência e vá pra casa
Que isso não mata ninguém que em pouco tem desinchava

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