INFINITO HIGHWAY
ENGEHEIROS DO HAWAI
COMPOSITOR: HUMBERTO GESSINGER
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: A REVOLTA DOS DÂNDIS
GRAVADORA: RCA RECORDS
GÊNERO: FOLK ROCK
ANO: 1987
A Revolta dos Dândis é o segundo álbum de
estúdio da banda de rock brasileira, do Rio
Grande do Sul, Engenheiros do Hawaii. Foi gravado e lançado
em 1987 e marca uma
mudança na sonoridade da banda, até então próxima ao ska de bandas como The Police
e Paralamas do Sucesso.
O disco marcou a estreia do
guitarrista Augusto Licks, enquanto Humberto Gessinger assume o baixo. Quem Tem
Pressa, Não Se Interessa foi a única faixa cuja gravação não contou com a
colaboração do guitarrista, já que a mesma foi composta apenas de baixo,
bateria e vocal.
Seus principais sucessos foram a faixa-título
(dividida em duas partes, sendo que a primeira obteve maior sucesso), Terra de
Gigantes (que contou com um videoclipe), e Infinita Highway (canção cujo título
deu origem ao nome da turnê que promoveu o lançamento deste disco: Infinita
Tour 87/88).
Você
me faz correr demais
Os
riscos desta highway
Você
me faz correr atrás
Do
horizonte desta highway
Ninguém
por perto, silêncio no deserto
Deserta
highway
Estamos
sós e nenhum de nós
Sabe
exatamente onde vai parar
Mas
não precisamos saber pra onde vamos
Nós
só precisamos ir
Não
queremos ter o que não temos
Nós
só queremos viver
Sem
motivos, nem objetivos
Estamos
vivos e isto é tudo
É
sobretudo a lei
Dessa
infinita highway
Quando
eu vivia e morria na cidade
Eu
não tinha nada, nada a temer
Mas
eu tinha medo, medo desta estrada
Olhe
só! Veja você
Quando
eu vivia e morria na cidade
Eu
tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas
tudo que eu sentia era que algo me faltava
E,
à noite, eu acordava banhado em suor
Não
queremos lembrar o que esquecemos
Nós
só queremos viver
Não
queremos aprender o que sabemos
Não
queremos nem saber
Sem
motivos, nem objetivos
Estamos
vivos e é só
Só
obedecemos a lei
Da
infinita highway
Escute
garota, o vento canta uma canção
Dessas
que a gente nunca canta sem razão
Me
diga, garota: "Será a estrada uma prisão?"
Eu
acho que sim, você finge que não
Mas
nem por isso ficaremos parados
Com
a cabeça nas nuvens e os pés no chão
Tudo
bem, garota, não adianta mesmo ser livre
Se
tanta gente vive sem ter como viver
Estamos
sós e nenhum de nós
Sabe
onde quer chegar
Estamos
vivos sem motivos
Que
motivos temos pra estar?
Atrás
de palavras escondidas
Nas
entre linhas do horizonte
Desta
highway
Silenciosa
highway
"Eu
vejo um horizonte trêmulo
Eu
tenho os olhos úmidos"
"Eu
posso estar completamente enganado
Posso
estar correndo pro lado errado"
Mas
"A dúvida é o preço da pureza"
E
é inútil ter certeza
Eu
vejo as placas dizendo "Não corra"
"Não
morra", "Não fume"
"Eu
vejo as placas cortando o horizonte
Elas
parecem facas de dois gumes"
Minha
vida é tão confusa quanto a América Central
Por
isso não me acuse de ser irracional
Escute
garota, façamos um trato
"Você
desliga o telefone se eu ficar muito abstrato"
Eu
posso ser um Beatle
Um
beatnik, ou um bitolado
Mas
eu não sou ator
Eu
não tô à toa do teu lado
Por
isso garota façamos um pacto
De
não usar a highway pra causar impacto
Cento
e dez
Cento
e vinte
Cento
e sessenta
Só
pra ver até quando
O
motor agüenta
Na
boca, em vez de um beijo
Um
chiclet de menta
E
a sombra de um sorriso que eu deixei
Numa
das curvas da highway.
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