MÃE
MARIZA
COMPOSITORES:
MARTIM; PHELIPPE FERREIRAA.K.A. MANUNHO & MIGUEL CORREIA
PAÍS:
PORTUGAL/MOÇAMBIQUE
ÁLBUM: MÃE
GRAVADORA: WORLD CONNECTION
GÊNERO: FADO
ANO: 2021
Emocionada
com as palavras escritas pelo seu filho, Mariza acabou por partilhar a poesia
nas suas redes sociais, tendo emocionado os seus seguidores e, em particular,
Miguel Correia, o compositor da música que conta:
«Tudo
começou a 9 de fevereiro. Logo após a leitura do belíssimo poema do Martim publicado nas redes sociais, algo me disse
que o mesmo daria uma música. Sentei-me ao piano, compus o tema. Gravei uma
pequena maquete comigo a cantar. De seguida, havia que tentar chegar à Mariza.
Nas redes sociais ia ser difícil, então procurei através de uma pessoa amiga
ligada a agenciamento de artistas e espetáculos que me deu email do Manager e
enviei o tema, pedindo que a Mariza fizesse o favor de o ouvir.
Fiquei
surpreendido com a resposta do Manager, no mesmo dia, a agradecer, e no dia
seguinte a dizer que a Mariza havia gostado e que quem sabe voltaríamos a
falar.
Mais surpreendido ainda fiquei, uns dias depois, com um novo contacto, desta
feita porque a própria queria falar comigo.
Estava
nervoso e calmo ao mesmo tempo, uma mensagem chegou a perguntar quando me podia
ligar, à qual eu respondi apenas: “Já:)”.
Era
noite. Mas do lado de lá estava uma pessoa simples e acessível, uma Senhora.
Falámos por quase uma hora de tudo um pouco, do tema, de filhos, da vida em
pandemia, das saudades dos palcos, ainda ouvi o trautear do que iria ser o tema
bem cantado e propus-me a acabá-lo. Fi-lo nessa noite, com a restante letra que
me foi enviada.
De
seguida recebi o tema já com o arranjo lindíssimo do músico [Phelipe Ferreira
a.k.a. Maninho] e com a voz inconfundível da Mariza e chorei, claro.
É
uma honra imensa fazer parte desta história que começou com palavras tão
especiais para uma mãe».
Mariza
(nomE artístico de Marisa dos Reis Nunes ComIH, Lourenço Marques, 16
de dezembro de 1973),
é uma cantora portuguesa.
Em
menos de doze anos, Mariza passou de um fenómeno local quase escondido,
partilhado apenas por um pequeno círculo de admiradores lisboetas, para uma das
mais aplaudidas estrelas do circuito mundial da World Music.
Tem
sido presença regular em palcos como o Carnegie
Hall, em Nova Iorque, o Walt Disney Concert Hall, em Los
Angeles, o Lobero
Theater, em Santa Bárbara, a Salle Pleyel, em Paris, a Ópera de Sydney ou o Royal
Albert Hall. O jornal britânico The
Guardian considerou-a «uma diva da música do mundo». Ao longo de sua
carreira vendeu mais de um milhão de discos no mundo todo, sendo uma das recordistas de
vendas de discos em Portugal.
Mãe descobri que o
tempo para
E o mundo não separa
o meu coração do teu
Eu sei que essa coisa
rara
Aumenta, desassossega
mas para
Quando o teu tempo é
o meu
Mãe canta com vaidade
Porque já tenho idade
Pra saber
Que em verdade em
cada verso teu
Onde tu estás estou
eu
Mãe contigo o tempo para
Nosso amor é coisa
rara
E cuidas de um beijo
meu
Sei que em cada gesto
teu
Está teu coração no
meu
Mãe canta com vaidade
Porque já tenho idade
Pra saber
Que em verdade em
cada verso teu
Onde tu estás estou
eu
Se pudesse mandar no
mundo
Parar o tempo à minha
vontade
Pintava teu coração
com as cores da felicidade
Em cada gesto teu
Está teu coração no
meu
Mãe canta com vaidade
Porque já tenho idade
Pra saber
Que em verdade em
cada verso teu
Mãe…
A nossa espera valeu.
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