CARINHOSO
PIXINGUINHA E BRAGUINHA
COMPOSITORES: PIXINGUINHA E JOÃO DE BARRO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: CARINHOSO
GRAVADORA: EMI MUSIC BRASIL LTDA.
GÊNERO: CHORO
ANO: 2013
Alfredo
da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro, 23 de abril
de 1897—Rio
de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um maestro,
flautista,
saxofonista,
compositor
e arranjador
brasileiro.
Pixinguinha
é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. Contribuiu
diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Considerada
nosso “segundo hino nacional”, “Carinhoso” é uma das canções mais lembradas
pelos brasileiros. Escrita por volta de 1917, ela perdura na memória auditiva
de gerações e testemunha, nos vários registros, as mudanças por que passou a
música popular brasileira. A declaração de Pixinguinha sobre sua composição é
reveladora:
“Quando
fiz a música, Carinhoso era uma polca lenta. Naquele tempo, tudo era polca. O
andamento era esse de hoje. Por isso, eu chamei de polca-lenta ou polca
vagarosa. Depois, passei a chamar de choro. Mais tarde, alguns acharam que era
um samba.”
De
fato, ao longo de suas regravações, “Carinhoso” registra a sedimentação dos
gêneros musicais brasileiros.
Segundo
as lembranças de Pixinguinha, “Carinhoso” surge como uma polca atípica: possuía
apenas duas partes (ABAB4), numa época em que se exige do gênero que seja
ternário (ABACA). Por isso, o compositor não cogita gravá-la ou editá-la em
partitura, deixando-a “encostada” por muitos anos. Seu primeiro registro, sob a
denominação “choro” e ainda sem letra, é realizado em 1928, na Parlophon, onde
Pixinguinha trabalha como arranjador. É interpretada por uma banda de sopros, a
Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, num andamento mais rápido do que o
executado hoje em dia. A gravação apresenta o famoso baixo que, na primeira
parte da música, preenche as notas longas no fim de cada frase da melodia
principal. Esse recurso, que imprime à peça um dinamismo harmônico inovador, é
considerado, à época, efeito da “jazzificação” de Pixinguinha, que andaria
“influenciado pelos ritmos e melodias da música de jazz”. Segundo Cruz Cordeiro
(1905-1984), crítico de discos da revista Phonoarte, a “introdução [da música]
é um verdadeiro fox-trot” e, “no seu decorrer, apresenta combinações de pura
música popular yankee”6. Uma gravação semelhante é realizada pela Victor, em
1929, ano em que “Carinhoso” integra a trilha do filme Acabaram-se os Otários (1929),
de Luiz de Barros (1893-1982).
Meu coração...não sei por quê
Bate feliz...quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim... foges de mim
Ah se tu soubesses
Como eu sou tão carinhoso
E muito, muito que te quero
E como é sincero meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem...
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz.
Meu coração...não sei porque
Bate feliz...quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim...foges de mim
Ah se tu soubesses
Como eu sou tão carinhoso
E muito muito que te quero
E como é sincero meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem...
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz.
Meu coração...
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