VOCÊ
E EU
SYLVIA TELLES
COMPOSITORES:
ROBERTO MENESCAL & RAY GILBERT
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: BOSSA,
BALANÇO, BALADA
GRAVADORA: ELENCO
RECORDS
GÊNERO: BOSSA
NOVA
ANO: 1997
Sylvia D'Atri Telles(Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934
— Maricá, 17 de dezembro de 1966), conhecida simplesmente por Sylvia Telles,
foi uma cantora e compositora brasileira, de ascendência francesa e portuguesa,
considerada uma das maiores intérpretes da bossa nova e da MPB.
A maioria de seus discos está fora de catálogo, o que
dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é
lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.
Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João
Máximo, "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música
brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final – com Dick Farney e
Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu
da Conceição".
Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de
Sylvinha, seu apelido carinhoso, e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões
que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal
Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o
início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro
namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento
acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa
dos outros.
No ano seguinte, o comediante Colé a convidou para
participar de um musical, chamado Gente bem e champanhota, apresentado no
Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de
Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim Torradinho,
composta por Henrique Beltrão. Sylvia e Candinho se apaixonaram e iniciaram um
relacionamento amoroso.
A atuação de Sylvinha neste espetáculo chamou a atenção
da gravadora Odeon, que a contratou como artista exclusiva. Em junho de 1955
ela gravou "Amendoim torradinho", faixa que obteve bastante destaque
nas rádios e que a levou a ser premiada como Cantora revelação de 1955, prêmio
outorgado pelo jornal O Globo.
Sylvinha e Candinho casaram-se em 1955, após alguns meses
de namoro. Em 1957 tiveram sua única filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu
marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como
convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Em 1958, o
casal se separou.
Ainda em 1958, o local de encontro dos músicos passou a
ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli,
que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia
Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um
espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto
Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e
os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada
pela primeira vez.
Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países,
como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.
Em 1960 Sylvia casou-se pela segunda vez em Las Vegas,
com seu então noivo, o produtor musical Aloysio de Oliveira. O casal assinou a
separação em 1964.
Podem me chamar
E me pedir, e me rogar
E podem mesmo falar mal
Ficar de mal, que não faz mal
Podem preparar
Milhões de festas ao luar
Que eu não vou rir melhor, nem pedir
Eu não vou e nem quero ir
E também podem me intrigar
E até sorrir, e até chorar
E podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer
Podem espalhar
Que eu estou cansada de viver
E que é uma pena para quem me
conheceu
Eu sou mais você e eu.
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