GALANDUM GALUNDAINA - SENHOR GALANDUM

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SENHOR GALANDUM
GALUNDUM GALUNDAINA
PESQUISA FOLCLÓRICA
LOCALIZAÇÃO: TERRAS DE MIRANDA, NORDESTE TRANSMONTANO
ÁLBUM: SENHOR GALANDUM
GRAVADORA: AÇOR
GÊNERO: GALANDUM
ANO: 2009

Baile misto que muito se baila na Tierra de Miranda. La letra fala de la preferénça de l poder local an beç de l poder central: "Yá nun manda l rei que manda la justícia, esses bailadores que se caian cun la risa (...) yá nun manda l rei que yá manda l alcalde, esses bailadores que se lhebánten i que bailen. Galandum Galundaina, son bariaçones de la palabra galante (Galandum - Galante, Galundaina - Boémio). Las dues partes de l tema splican bien estas dues figuras: l galano Galandun i l debertido Galundaina. Esta música dou l nome al grupo i a todo este trabalho.
Galandum Galundaina faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único, que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 20 anos o grupo contribuiu para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano.
O seu trabalho de investigação e recolha, junto de pessoas mais velhas com conhecimentos rigorosos do legado musical da região, a par da formação académica na área da música, concretizou-se num sentido renovado no modo de entender as sonoridades que desde sempre conheceram. Com a sua música não procuram criar novos significados, mas antes descrever os lugares e a vida; encontrar as raízes que permitem que a cultura se desenvolva.
Para além da edição de três discos e um DVD ao vivo, o trabalho do grupo inclui a padronização da gaita-de-foles mirandesa, a construção de instrumentos tradicionais (usados em concerto), a organização do Festival itinerante de cultura tradicional “L Burro i l Gueiteiro”, bem como a produção e programação de outros festivais/eventos relacionados com a cultura tradicional.
Em palco os quatro elementos apresentam um repertório vocal e instrumental na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos. Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se.
Os álbuns editados têm tido uma excelente apreciação pela crítica especializada. Em 2010 para além da atribuição do Prémio Megafone, o álbum Senhor Galandum foi reconhecido pelos jornais Público e Blitz como um dos dez melhores álbuns nacionais. Do seu roteiro fazem parte alguns dos mais importantes Festivais de World Music/Folk em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Marrocos, Cuba, Cabo Verde, Brasil, México e Malásia.
Senhor Galandum, Galandum Galundaina
Madre la bizcaia, cun las trés traseiras, cun las delantreiras
Dá-me la mano squierda, dá-me la dreita
I arréden-se atrás, que manda la reberéncia
Yá nun manda l Rei, que manda la justícia
Esses bailadores que se cáian cun la risa,
que se cáian, que se cáian

Yá nun manda l Rei, que yá manda l'Alcaide
Esses bailadores que se lhebanten i que bailen,
que bailen, que bailen

Yá nun manda l Rei, que manda la Justícia
Essas bailadeiras que se cáian cun la risa,
que se caian, que se cáian

Yá nun manda l Rei, que manda l Regidor
Essas bailadeiras que se lhebanten i que bailen,
que bailen, que bailen
La casa de l Cura nun ten mais que ua cama
An la cama drume l Cura donde conhos drume l'ama,
donde conhos drume l'ama

Tu madre me dixo que eras machorra
Me saliste prenha, mira que porra,
que porra, que porra.

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