DÁ-ME TUAS MÃOS
ORLANDO SILVA
COMPOSITORES: ROBERTO
MARTINS & MÁRIO LAGO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ORLANDO SILVA
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1968
Orlando Garcia da Silva (Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1915
— Rio de Janeiro, 7 de agosto de 1978) foi um cantor brasileiro da primeira
metade do século XX.
Orlando Silva nasceu na rua General Clarindo, no bairro
do Engenho de Dentro. Seu pai, José Celestino da Silva, era violonista e
participou com Pixinguinha de serenatas, peixadas e feijoadas. Orlando viveu
por três anos neste ambiente, quando, então, seu pai faleceu vítima da gripe espanhola.
Teve uma infância normal, sempre gostando muito de
violão. Na adolescência já era fã de Carlos Galhardo e Francisco Alves, este
último um dos responsáveis por seu sucesso. Seu primeiro emprego foi de
estafeta da Western, com o salário de 3,50 cruzeiros por dia. Foi então para o
comércio e trabalhou como sapateiro, vendedor de tecidos e roupas e trocador de
ônibus. Quando desempenhava as funções de office boy, ao saltar de um bonde para
entregar uma encomenda, sofreu um acidente, tendo um de seus pés parcialmente
amputado, ficando um ano inativo, problema sério, já que sustentava a família.
Foi Bororó, conforme o próprio relata no filme O cantor
das multidões que o apresentou a Francisco Alves, que ouviu Orlando cantar no
interior de seu carro, decidindo imediatamente lançá-lo em seu programa na
rádio Cajuti. Nos seis ou sete anos seguintes, tornou-se um grande sucesso,
considerado por muitos a mais bela voz do Brasil, contando inclusive com a
estima do próprio presidente Getúlio Vargas. Atraía os fãs de tal forma que o
locutor Oduvaldo Cozzi passou a apresentá-lo como "o cantor das
multidões", conforme relata no filme com o mesmo nome.
Por que tanta pressa de chegar ao fim?
Por que terminar o nosso amor assim
Se eu não revelei
Tudo que sonhei
E nem tu disseste
Tudo para mim?
Dá-me tuas mãos, por favor
Põe os teus olhos nos meus
E eles verão quanta dor
Vai me causar este adeus
Ficou tão triste o luar
Vendo acabar o nosso amor
Tudo te manda ficar
Dá-me tuas mãos, por favor.
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