HINO AO AMOR
MAYSA
AUTOR: EDITH PIAF E MARGUERITE MONNOT
VERSÃO: ODAYR MARSANO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MAYSA É MAYSA... É MAYSA... É
MAYSA...
GRAVADORA: RGE
GÊNERO: CANÇÃO ROMÂNTICA
ANO: 1959
Maysa
Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa
(Rio
de Janeiro, 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de
janeiro de 1977),
foi uma cantora, compositora,
instrumentista e atriz brasileira.
Maysa
nasceu numa família tradicional do Espírito Santo. Era filha de Alcebíades
Guaraná Monjardim, e Inah Figueira Monjardim, e possuía um único irmão. A
cantora era neta do barão de Monjardim, que
foi presidente da província do Espírito Santo por cinco
vezes, e bisneta do comendador José Francisco de Andrade
e Almeida Monjardim, que presidiu a província do Espírito Santo por treze
vezes, e que foi membro da junta governativa capixaba de
1822-1824. Sua família, os Monjardim, eram donos da histórica Fazenda
Jucutuquara, em Vitória, Espírito Santo. A sede da
fazenda, hoje é o Museu Solar Monjardim, no bairro Jucutuquara,
em Vitória. A fazenda era propriedade do capitão-mor
Francisco Pinto Homem de Azevedo, trisavô de Maysa. A filha e herdeira do
capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, Ana Francisca Maria da Penha
Benedito Homem de Azevedo, casou-se com o comendador José Francisco de Andrade
e Almeida Monjardim, passando a fazenda a ser propriedade da família Monjardim.
Nascida
e criada em uma mansão no tradicional bairro carioca de Botafogo, em 1947 a família
mudou-se para Bauru,
no interior paulista, devido à transferência de
posto de trabalho de seu pai. Posteriormente, em 1950, mudaram-se para
a Cidade de São Paulo, onde Maysa estudou, na adolescência, no
tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca, e, contra
sua vontade, foi enviada aos sete anos de idade por seus pais para estudar no
colégio interno de freiras
Sacré-Cœur de Marie, em Paris, onde toda
menina de família rica e tradicional deveria estudar para ter um bom currículo,
só tendo voltado ao Brasil aos 11 anos, quando sua família saiu do Rio para
Bauru.
Desde
criança
sonhava em ser cantora.
Se apresentava cantando e tocando violão apenas
para os familiares. Com aptidão natural para a música, só
estudou canto para se aperfeiçoar. Era uma jovem a frente de seu tempo. Gostava
de beber e fumar em público, além de usar cabelos
curtos e calças, hábitos masculinos na época, o que causava atritos familiares.
Apesar disto, era extremamente vaidosa, e romântica, gostando de escrever, além
de músicas, poemas e cartas de amor. Casou-se aos dezoito anos em uma grande
cerimônia na Igreja da Sé com seu noivo, o empresário
André Matarazzo, amigo de sua família há muitos anos, e dezessete anos mais
velho que a cantora, por quem ela era secretamente apaixonada desde adolescente.
Após o matrimônio, passou a assinar Maysa Monjardim Matarazzo. Seu marido era
membro do importante ramo ítalo-brasileiro da família
Matarazzo, donos de uma fortuna bilionária e das Indústrias Reunidas Fábricas
Matarazzo - durante décadas o maior complexo industrial da América
Latina. Com pouco tempo de casados, nasceu Jayme
Monjardim Matarazzo, diretor
de cinema e telenovelas.
Desquitou-se do
marido em 1957: Ele
não aceitava a vocação de cantora da esposa, não apoiando seu sonho, dizendo
que uma Matarazzo era dona de casa e não trabalhava, muito menos na noite. Não
suportando as humilhações do marido, e por não se dar bem com sua sogra, optou por
sair de casa. Havia muito preconceito com atrizes e cantoras na época, sendo
julgadas de vulgares e mulheres que não eram de família. Mesmo sofrendo por
amar o marido, não teve medo de correr riscos e enfrentar preconceitos, e
decidiu seguir sua vontade e saiu de casa com o filho, indo morar novamente com
seus pais, um grande escândalo para aquela época conservadora. Após o desquite,
voltou a usar seu sobrenome de solteira, Figueira Monjardim, ficando furiosa
quando havia alguma matéria jornalística que ligasse seu nome ao sobrenome Matarazzo,
de quem não quis nada, nem pensão para se manter.
Com apenas um disco gravado, seu repertório foi
um sucesso, recebendo convites para shows em todo o mundo. Seu disco vendeu
milhares de cópias e o sucesso bateu à sua porta, porém, isto pesou na criação
de Jayme, seu filho. Maysa teve que escolher entre o filho e a carreira. Para
lhe dar um futuro melhor, optou pela carreira, e seu filho passou parte de sua
infância sendo criado pelo pai e por sua nova esposa.
Se o azul
do céu escurecerE a alegria na Terra fenecer
Não importa, querido
Viverei do nosso amor
Se tu és o sonho dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querido
O amargor das dores desta vida
Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar
Se o destino então nos separar
Se a distante morte te encontrar
Não importa, querido
Porque morrerei também
Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar
Quando enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu eu te encontrar.
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